
À senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), Jailton Batista reconheceu que a Vitamedic não fez estudo clínico sobre a eficácia da ivermectina, mas disse que a empresa acompanhou as informações disponíveis em todo o mundo.
Pesquisadores foram contratados pelo laboratório para fazer levantamentos, mas ainda não há resultados, segundo o diretor-executivo.
A grande preocupação é com o uso da ivermectina de forma continuada, deliberada, então há um impacto na vida dessas pessoas. E vocês ainda não receberam os resultados após mais de um ano de doença e um lucro de mais de meio bilhão de reais, expôs a senadora.
Farmacêutica visou lucro a custa de brasileiros, diz Omar Aziz
Em resposta a Renan Calheiros, Jailton afirmou que a farmacêutica gastou R$ 717 mil para patrocinar médicos a recomendarem a invermectina. Sobre o manifesto do Médicos pela Vida, Jailton atribui a responsabilidade aos médicos que assinaram o documento.
As afirmações do depoente chocaram o presidente da CPI, Omar Aziz, que lembrou que o manifesto foi publicado após o caos sanitário em Manaus no início do ano.
Nem isso [o caos] sensibilizou o laboratório. Visou lucro mancomunado com médicos. Se isso não é crime, não tem nenhum crime para investigar, disse Omar, acrescentando que o faturamento da empresa saltou de R$ 200 milhões para R$ 534 milhões, à custa da vida de brasileiros .
Otto apresenta documentos de pagamentos da Vitamedic a médicos
Em resposta a Otto Alencar (PSD-BA), Jailton negou o pagamento de bonificações a médicos para estimular o uso da Ivermectina. O senador mostrou documentos segundo os quais cerca de R$ 10 mil teriam sido pagos a médicos. O depoente confirmou o financiamento de diárias para a realização de palestras sobre a medicação destinada ao “uso preventivo” contra covid-19, mas negou a colocação de outdoors com propagandas desses remédios em estados como a Bahia.
Agência Senado