A lista de agrotóxicos proibidos na Europa só cresce, mas aqui no Brasil, os grupos que representam as empresas alemãs Bayer e BASF e a suíça Syngenta gastaram cerca de 2 milhões de euros (o equivalente a aproximadamente R$ 10,5 milhões) em apoio a grupos que tentam influenciar decisões do poder público, com o objetivo aumentar o acesso ao mercado brasileiro.
Conforme realizado pelo Comércio tóxico – A ofensiva do lobby dos agrotóxicos da União Europeia no Brasil, publicado nesta quinta-feira (28) pela organização ambiental Amigos da Terra.
Segundo a pesquisa produzida pelas autoras Audrey Changoe e Larissa Bombardi, um desses grupos que receberam apoio das empresas é o Instituto Pensar Agropecuária (IPA). Como parte do lobby, a organização “promove mais uso de agrotóxicos e minimiza o papel do agronegócio no desmatamento” e “trabalha em parceria com tomadores de decisão do influente bloco do agronegócio no Congresso brasileiro”.
“Essas empresas e suas associações fazem lobby tendo diretamente como alvos o poder Executivo e o Legislativo, inclusive financiando campanhas eleitorais para representantes da bancada ruralista”, dizem as autoras no relatório.
* Com informações do Brasil de Fato