A Caixa Econômica Federal anunciou uma série de mudanças nas regras de financiamento de imóveis, incluindo o aumento no valor de entrada exigido para a compra de imóveis residenciais. As novas condições, que já estão em vigor, fazem parte de uma estratégia para ajustar o crédito imobiliário ao cenário econômico atual, afetando especialmente a classe média e consumidores que buscam a casa própria.
De acordo com o comunicado oficial, o valor mínimo de entrada foi elevado para 30% do valor do imóvel no financiamento tradicional e para 35% nas linhas de crédito com uso do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI). Antes, o banco permitia a entrada com valores menores em alguns perfis de financiamento, especialmente para imóveis de baixo valor. A medida também altera as condições de parcelamento, com ajustes nas taxas de juros e prazos de pagamento, que tendem a ser menores nos novos contratos.
A Caixa justifica as alterações com base no aumento da taxa Selic, que encarece o custo do crédito e exige maior prudência na concessão de financiamentos. Em nota, o banco declarou que a intenção é "manter a sustentabilidade do crédito imobiliário e evitar o endividamento excessivo dos clientes". Essa decisão, entretanto, gerou reações de especialistas, que temem um impacto negativo no setor de construção civil e uma possível desaceleração na venda de imóveis, especialmente de médio e baixo padrão.
Para quem já possui financiamento em andamento, as regras não serão alteradas, mantendo as condições acordadas no momento da assinatura do contrato. No entanto, os consumidores que planejavam adquirir um imóvel neste ano devem se preparar para um aumento significativo no valor inicial e revisar seus planos para a compra da casa própria.